Mas afinal, querem ou não ser campeões ?

      Chegou a hora de, uma vez por todas, o Porto mostrar se quer ou não revalidar o título de campeão nacional que nos pertence. Chegou a hora também de todos juntos com jogadores, treinador e equipa técnica incluída, mostrarem a cada jogo e a cada lance que querem mesmo vencer o campeonato. Chegou a hora também de perceber de uma vez por todas que um jogo tem 90 minutos e não 45. E finalmente, chegou a hora de sermos Porto e de jogármos como tal.

      A minha peciência há muito se esgotou mas entendo que esta não é a hora de mais divergências e questões pessoais porque há um campeonato para ganhar ( e já agora uma Taça da Liga também ).

      E para ganhá-lo é preciso perceber quem o quer realmente ganhar. É que a última primeira parte do Porto no Dragão foi algo atroz de se ver. E se há jogadores que não estão motivados para defender a camisola do Porto até aos limites, então o melhor é que fiquem no banco, ou melhor ainda, que não sejam sequer convocados. O problema, porém, nesta altura, é que o plantel é curto e o treinador não se pode dar a esse luxo, face à onda de empréstimos incompreensível que passou no Dragão em janeiro. Neste momento, Vitor Pereira não tem alternativa senão apresentar na Madeira um meio-campo composto por Defour, Moutinho e Lucho, a não ser que Vitor Pereira esteja a pensar lançar Iturbe a titular e James na posição mais adiantada do meio-campo ( o que, obviamente, não vai acontecer ). Porque tirando esta hipótese, não existe mais nenhuma. A não ser que se inventem médios como se inventaram centrais adaptados a laterais ou então que jogue um júnior que foi chamado à última hora depois de dois ou três treinos com a equipa principal para completar os 18 convocados, de seu nome Mikel, que é um médio defensivo nigeriano que alinha nos sub-19 e que é uma estreia absoluta em convocatórias oficiais dos dragões.

      Mas apesar de tudo isto, o Porto tem a obrigação para connosco adeptos e para com eles próprios de ser campeão. Não me passa pela cabeça que o Porto não seja capaz de conseguir terminar em 1º lugar no fim da 30ª jornada. E podem começar já amanhã a fazer-nos acreditar precisamente nisto, com uma vitória e uma exibição que nos leve a pensar que este ano, somos nós que vamos festejar (novamente) no fim.