A vencer desde 1893

terça-feira, 30 de abril de 2013

Os nossos e os dos outros


      Mais uma jornada terminada e a mesma distância pontual. E a cada jornada que passa, o sonho do TRI começa a ficar cada vez mais distante. Mas eu sou daqueles que só gosta de desistir no fim...
 
      Mas hoje queria falar de duas coisas que me preocupam neste momento. É óbvio que esta situação complicada que vivemos no campeonato, muito se deve a este senhor bom (de)mais que está na imagem. Bastava uma arbitragem normal e neste momento o jogo do título estava marcado para a penúltima jornada no Dragão. Mas estes são os erros dos outros a que somos alheios. Hoje queria concentrar-me mais nos nossos.
 
      Não é novidade para ninguém se disser que neste momento o Porto está a jogar pouco. É verdade que normalmente domina os jogos, tem uma posse de bola esmagadora mas depois não consegue traduzir isso em futebol espetáculo e oportunidades claras de golo. Isto já para não falar do fantasma das grandes penalidades que este ano paira no Dragão e que contribuiu de forma decisiva para estarmos na posição em que estamos. Agora que ninguém se atreva a culpar o Jackson no caso de perdemos este campeonato. É verdade que falhou dois penaltis que nos tiraram 4 pontos, mas em boa verdade, foram os guarda-redes que os defenderam. E mesmo que assim não fosse, era uma tremenda injustiça culpar um jogador que nos deu tantos outros pontos e tantas alegrias esta época...
 
      Outra situação que não existe no futebol a este nível é o facto de não haver soluções para posições chave do plantel. Não consigo perceber como é que o Porto se sujeita a jogar quase metade da época apenas com o Danilo para a posição de defesa direito e o Alex Sandro na ala esquerda. Por acaso nenhum deles se lesionou de forma grave. Por acaso não fomos mais longe na Champions. Mas pode uma equipa de topo ter apenas um defesa direito e um defesa esquerdo durante grande parte da época? Isto já para não falar do que a falta de concorrência faz aos jogadores. É que jogo após jogo, ambos sabiam que iam ser titulares e portanto não tinham de mostrar grande coisa nos treinos nem grande empenho. É a acomodação total. E nem me venham falar do Maicon e do Mangala como alternativas... Enfim, é mais uma daquelas coisas que não dá para perceber. E hoje fico-me por aqui.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Milagre, procura-se !


      A quatro jogos do fim do campeonato e depois do que temos visto, só mesmo um milagre é que pode fazer do FC Porto tricampeão esta época. A única bóia de salvação está neste momento na Madeira e mesmo assim, não parece ser suficiente para nos podermos agarrar a ela. Mas dragão que é dragão nunca desiste e luta até ao fim. É esse o espírito que devemos ter.
 
      E se houver uma espécie de justiça divina (porque a terrena é o que se sabe) o jogo do título deverá ser discutido no Dragão. E era bem merecido que assim fosse. O penúltimo jogo do campeonato devia servir para provar quem merecia realmente ser campeão esta época. E se o FC Porto não conseguisse ganhar este jogo, então não teria problema nenhum em dar os parabéns ao adversário. Agora se o Porto ganhar, como esperamos todos, então depois do campeonato dos túneis eis que agora temos um campeonato "à Capela". E eu nem sou daqueles que se esquecem que é essencialmente por culpa própria que estamos nesta posição. Não fizémos o nosso trabalho e agora estamos sujeitos não só a ganhar os nossos jogos mas também a que o nosso rival perca pontos. Mas o facto indesmentível é que, neste momento, se não houvesse ninguém a capelar, podiamos e deviamos depender apenas de nós para sermos campeões. Assim, temos de esperar por um milagre na Madeira ou então de um milagre ainda maior com o Estoril na Luz.
 
      Por agora só nos resta ganhar os nossos jogos, esperar pelos outros e continuar a acreditar, sempre! Força Porto!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Polvo


      Todos ainda nos lembramos de quando o jovem de 21 anos Fernando Francisco Réges que custou uns meros 700 mil euros, foi escolhido por Jesualdo Ferreira para substituir o até ai insubstituível Paulo Assunção. Não foi necessário esperar muito para o publico do Dragão se esquecer do foragido Assunção. Iiniciava-se assim o reinado do Polvo no meio campo do Porto. Passados mais de 5 anos, Fernando viu sair e entrar novos colegas e jogadores como Souza, Bolatti e até Guarin apontados como sucessores do "pivô" do meio campo do Porto nunca tiveram espaço nessa posição.

      Fernando é assim o jogador mais regular e importante do esquema do Porto, da mesma forma que seca os ataques e movimentos dos adversários também seca a concorrência. Ao longo das ultimas épocas, o Porto teve jogadores de grande destaque, como Lisandro, Falcão, Martinez, Lucho, Meireles, Moutinho, Bruno Alves, Quaresma, Hulk e entre outros. Mas não é por acaso que Fernando, por vezes esquecido, é um dos mais antigos do nosso actual plantel - é uma espécie de pilar que já sustentou três gerações vencedoras do FC Porto.

      A fama de Fernando talvez tenha ficado escrita, quando este se deparou com a missão de conter o ataque do Manchester United – liderado, na época, por Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney – nos quartos de final da UEFA. Champions League de 2009. A sua falta de experiência, no entanto, não se fez notar, apesar da eliminação da prova, o seu vigor físico invejável na marcação dos astros rivais e a óptima protecção à defesa renderam elogios e Fernando passava a ser para a nação portista totalmente indispensável.

      Mas embora tenha uma grande visibilidade na Europa, Fernando nunca teve esse eco no seu país. Algo estranho, dado que quem olha para o plantel da selecção brasileira rapidamente percebe que apesar da grande qualidade ofensiva dos seus jogares falta um equilibro, ou seja um meio-campo duro que seja a base dos ataques e que seja a protecção da defesa. Falta um jogador como Fernando, alias Fernando é provavelmente o único jogador brasileiro com essas qualidades a jogar ao alto nível.
Como espectador de futebol, parece me que o sucesso do Brasil em 2014 tem de passar por Fernando, o Brasil precisa de alguém para fazer o "trabalho sujo", de limpar a zona a frente da defesa e permitir lançar o ataque da equipa. O Brasil já tem muitos artistas capazes de continuar o "futebol bonito" característico das suas equipas, mas não tem nenhum com a capacidade de jogar duro frente a defesa, ocupar os espaços, roubar a bola rapidamente e eficazmente e oferecer a bola aos colegas de equipa para iniciarem o ataque.

      Porém, uma coisa é certa não há duvida que Fernando é um dos melhores um dos melhores jogadores do FC Porto, apesar de não ser o que mais aparece no jogo, a sua função é essencial (é de louvar a forma como se sacrifica pela equipa). Por isso achei importante fazer-lhe um post dedicado em exclusivo, pois o que ele faz em campo são poucos a conseguir e fazer e muito menos fazer bem. Ainda mais quanto tem sido o jogador em destaque nos últimos jogos, sempre em cima do adversário e no apoio ao ataque, tem sido o pilar da equipa. Por vezes, a nação portista fica de cabelos em pé com declarações do Polvo a sonhar com a saída para outros campeonatos. Mas é algo que não se pode condenar, é a condição actual do futebol mundial, só seria de condenar se o jogador amua-se como outros. Mas não, Fernando tem sido um grande profissional...

      Desta feita, aqui fica o meu agradecimento a Fernando, pois desde 2009 os títulos da vitrine do estádio do Dragão tem todos a sua marca. Acho mesmo que foram os 700 mil euros mais bens investidos pelo FC Porto.
Espero assim que nestes, últimos 4 jogos que faltam o nosso Polvo esteja em forma e com todos os seus tentáculos em acção, para lutar com os seus companheiros para levar a nação azul e branca ao tri!
 
Por: João Serra (colaborador)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

This Is It !


      É agora! Com cinco jornadas para disputar até ao final, as grandes decisões da época jogam-se agora. É certo que infelizmente (ainda) não depedemos apenas de nós para conquistar o TRI. Mas continuo com a ideia de que se o FC Porto ganhar os próximos cinco jogos é campeão. Este é um Benfica que vem perdendo gás de jogo para jogo e o último jogo na Luz com o Paços de Ferreira é prova disso mesmo. É certo que o resultado da primeira mão ajudava, mas não os estou a ver a chegarem ao Dragão com estes 4 pontos de avanço. E isto é mais que uma fé. É uma convicção forte. Mas se chegarem, então resta-nos o orgulho de evitar os festejos em nossa casa...
 
      Por esta altura do campeonato, já não vale a pena discutir jogadores, táticas e treinadores. Agora já chega. Agora é tempo de nos unirmos e puxarmos todos para o mesmo lado. O TRI está à distância de um empate do nosso rival e as nossas forças têm de estar todas com aquipa. Vá, se calhar podemos tirar um bocadinho dessas forças para dar ao Sporting, ao Marítimo ou ao Estoril porque também precisamos deles. Mas tirando isso, o foco principal está com a nossa equipa. São quinze pontos que temos de conquistar até ao fim e se chegarem para festejarmos mais um campeonato, ótimo. Se não chegar, paciência. É levantar a cabeça porque p'ró ano há mais...
 
      Mas até isto acabar, não desistimos. Somos Porto e no fim fazemos as contas. Força equipa! Força Porto!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ainda o caso Abdoulaye


      Ponto prévio. O facto de termos perdido a Taça da Liga enquanto troféu, não me aquece nem arrefece. É um título oficial, sim é verdade. Mas o mais importante no jogo do passado sábado era a vitória numa final e não o troféu em si.
 
      Posto isto, como em todos os jogos, o FC Porto tem de entrar sempre para ganhar. E para ganhar é preciso jogar com a melhor equipa para aquele jogo e para aquele adversário. E o Vitor Pereira cometeu um erro colossal, quase de amador, em pôr um jovem sem experiência e, na minha opinião, de qualidade duvidosa, como titular nesta final.
 
      Já me têem dito, ah agora é fácil falar e tal... mas para mim, mais fácil era prever que a titularidade do Abdoulaye até podia correr bem, mas tinha tudo para correr mal. Então o treinador vê-se forçado a tirar o jogador na meia-final com o Rio Ave ao intervalo para poder ganhar o jogo e depois volta a apostar nele como titular numa final? E mais. Poucos dias antes, este jogador entrou na 2ª parte do jogo para o campeonato com o mesmo adversário e foi a desgraça que se viu. Não consigo perceber... ou melhor até consigo perceber o que passou na cabeça do treinador. Segundo as regras da Taça da Liga, o FC Porto tinha de começar obrigatoriamente o jogo com dois dos seguintes três jogadores: Abdoylaye, Moutinho e Castro. Dois deles tinham obrigatoriamente de jogar pelo menos 45 minutos. É a (triste) realidade. O Porto não tinha mais formação/jogadores portugueses disponiveis, o que me preocupa obviamente. Mas isso dava para uma outra conversa...
 
      E aqui havia duas opções. Aquela pela qual optou o nosso treinador e a de deixar o Lucho no banco e começar com o Castro, que seria aquela que eu teria utilizado. Aliás disse-o antes mesmo do jogo começar. Eu percebo que o Lucho é o capitão e é dificil deixar um jogador desta importância no banco, ainda para mais numa final. Mas se a alternativa era o Abdoulaye a titular, então nem pensava duas vezes. Se juntarmos a tudo isto a constante insistência da aposta no Defour como extremo, o cenário então, não podia ser pior. E se as hipóteses do Vitor Pereira continuar no FC Porto já eram muito poucas, agora resume-se a nenhuma. E ainda bem, dizemos nós!

sábado, 13 de abril de 2013

Pudera...


... se não dão tudo no campeonato, vão dar onde? Podemos é já ir tarde agora... se calhar pensavam nisso antes, não ?

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Sim, ganhámos ao Braga. Mas...


- Podiamos não ter ganho. É verdade que foi uma vitória justíssima frente a um adversário que se diz de Champions mas que afinal se comportou como tantas outras equipas que vêem ao Dragão e que lutam para não descer de divisão. Seja como for, neste momento não se vê uma equipa do FC Porto como por exemplo já se viu esta época, com uma atitude de campeão. Parece que há uma era antes do jogo no Dragão com o Málaga e uma era depois do jogo em Málaga. Aliás, esse jogo no Dragão foi talvez o último onde o FC Porto esteve ao seu melhor nível. E depois ainda há quem se admire de ouvir assobios e não goste. Pois é! Mas nós adeptos também não gostamos de muita coisa e temos todo o direito de assobiar quando se vê que a equipa não joga o que deve. Ainda para mais quem paga bilhete e vai ao estádio. Esses então têm o direito absoluto de manifestar o ser (des)agrado ou nao! E há jogadores que até pelos anos que já levam de casa, deviam perceber melhor isso...
 
- O Defour jogou (mais uma vez) como falso extremo esquerdo. É impressão minha ou a coisa nunca correu bem com esta insistência do Vitor Pereira em pôr o Defour nesta posição? Talvez a exceção seja feita ao jogo na Luz, mas aí os indices motivacionais estão no auge e na Luz quase tudo resulta bem para os nossos lados. De resto só Vitor Pereira consegue ver o Defour como uma solução para aquela posição. É certo que o Varela estava lesionado, o Izmaylov castigado, o Atsu vinha de lesão, que o Kelvin não tinha ritmo competitivo e o Sebá ainda não pode ser opção para jogar a titular na equipa principal. Mas neste jogo, lembrei-me por exemplo, que o Jesus esta época quando precisou, jogou um jogo na Madeira para o campeonato com o Urreta a titular. E este jogador ainda não tinha feito um minuto sequer no campeonato e até marcou um golo e tudo. E por vezes há que arriscar um bocadinho e correr riscos, porque o Defour não é extremo nem nunca vai ser. Por isso, arranjem-se soluções!
 
- O Kelvin não pode ser a solução. É verdade que a aposta não podia ter corrido melhor ao Vitor Pereira. Mas com o jogo empatado e o FC Porto a precisar a todo o custo de vencer o jogo, a solução não pode passar pelo Kelvin. Correu bem desta vez, mas não vai correr sempre. E aqui temos de voltar a falar da alternativa que não existe ao Jackson...
 
- O Liedson não entra neste filme. Se dúvidas ainda houvessem que o Liedson poderia ainda ser uma solução para este campeonato e para quando as coisas estivessem complicadas, essa teoria caiu por terra na passada segunda-feira. Liedson é um corpo presente no banco de suplentes e nada mais. Não sei de quem é a culpa, mas a verdade é que voltamos, mais uma vez, a não ter uma alternativa para a posição de ponta de lança. E assim é complicado... O treinador disse há dias que "o Liedson ainda nos vai ajudar". Mas só se for fora das quatros linhas, porque dentro não deve ser de certeza, uma vez que o próprio Vitor Pereira já deixou bem claro com as suas opções que não conta com ele.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Vitor Pereira e as contas para o TRI


      A seis jornadas do fim do campeonato, começa a faltar tempo ao FC Porto para se aproximar do primeiro lugar e o consequente TRI. Mas vamos a contas.

      É óbvio que neste cenário, qualquer perda de pontos do FC Porto até ao fim destas seis jornadas implica o adeus definitivo ao campeonato. Por isso e feitas as contas, esperamos que 78 pontos sejam suficientes para garantir mais um título de campeão nacional. Mas para isso, precisamos (apenas) de um empate do Benfica num dos cinco jogos que faltam para o fim, descontando o jogo no Dragão que obviamente tem que ser ganho por nós tal como todos os outros.
 
      Ora o calendário do Benfica para além do jogo do Dragão na penúltima jornada, tem uma deslocação a Olhão, depois recebe o Sporting na Luz, vai à madeira jogar com o Marítmo, recebe o Estoril antes do Dragão e acaba o campeonato na luz frente ao Moreirense. E não é preciso perceber muito disto para sabermos que só há duas hipóteses do Benfica perder pontos: ou na Luz com o Sporting ou então na Madeira. E com estes dois jogos a serem disputados nos fins-de-semana de 21 e 28 de abril a conclusão de tudo isto é a seguinte: Se o Benfica terminar o mês de abril com estes 4 pontos de avanço é campeão, porque em Olhão, com maior ou menor dificuldade, ganham o jogo e o Estoril também não levanta grandes problemas na Luz.
 
      No meio disto tudo, voltamos a estar dependentes de terceiros para sermos campeões. Uma situação que aliás já aconteceu o ano passado. Ou seja, se Vitor Pereira for bicampeão no FC Porto fica sempre a sensação que é mais por demérito dos outros do que propriamente por mérito próprio, apesar desta ser uma visão algo discutivel, uma vez que no fim é que se fazem as contas.Mas seja como for, creio que Vitor Pereira está a fazer os últimos jogos como treinador do Porto. Seria uma enorme surpresa para a grande maioria de nós adeptos se Vitor Pereira for treinador do nosso clube na próxima época. É um treinador que já provou que não tem estofo para treinar uma equipa como a nossa, mas vamos deixar isso para um próximo post... e ou muito me engano ou Leonardo Jardim é o senhor que se segue...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A hora dos menos utilizados


      Quarta-feira, o Dragão abre as suas portas para receber um jogo que vai começar e acabar em plena luz do dia, coisa rara nos tempos que correm. Em jogo da 2ª meia-final da Taça da Liga, o FC Porto recebe o Rio Ave, dia 3 às 16.45h.
 
      E este jogo, apesar de dar acesso a uma final, deve ser encarado como um troféu que não salva época nenhuma e que vale o que vale. Contudo, o FC Porto deve entrar para vencer todas as competições e a Taça da Liga não é exceção.
 
      E é um jogo que deve ter (finalmente) o Liedson a jogar de inicio e é uma boa oportunidade para percebemos todos, se o agora camisola 19, ainda consegue resolver alguma coisa. Além do Levezinho, jogadores como Castro, Defour, Maicon e Fabiano devem também fazer parte das escolhas iniciais de Vitor Pereira, até porque a Taça da Liga deve servir para os menos utilizados mostrarem serviço e para fazer descansar tem mais tem jogado. E o próximo jogo para o campeonato tem um adversário chamado SC Braga e a margem de erro já não existe pelo que convém ter as principais figuras bem fisicamente depois das últimas duas semenas com deslocações longas ao serviço das várias seleções.