A vencer desde 1893

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Os "bês" só se for no banco de suplentes


      Jorge Jesus disse ontem que agora metade do Sporting é equipa B. Esqueceu-se foi que dos quatro jogadores da equipa B (e 4 é mais um terço da equipa do que propriamente metade) que jogaram os últimos 2 jogos, provavelmente nenhum será titular sábado em Alvalade. E no máximo, apenas o defesa central Eric Dier (ainda assim um grande jogador jovem por sinal e com grande potencial) pode eventualmente manter a titularidade, isto se Boulahrouz não recuperar até lá, o que até nem deve ser o caso.

      Ou seja, feitas as contas, o Sporting vai apresentar-se em Alvalade com 10 ou 11 jogadores da equipa principal, muito longe da meia equipa B anunciada pelo treinador em questão. O Sporting vai jogar com Patricio, Miguel Lopes, Dier/Boulahrouz, Rojo, Joãozinho, Rinaudo, Adrien, Capel, Labyad, Carrillo e Ricky van Wolfswinkel. 

      Não é que isto mude alguma coisa no único objetivo possivel do FC Porto que é, obviamente, vencer. Trata-se apenas de dizermos que o Sporting se vai apresentar na sua máxima força e não com meia equipa B. Ainda assim, é obrigatório vencer em Alvalade, seja com os "Ás" ou os "Bês", uma vez que ninguém está à espera que seja de outra forma. Somos favoritos e temos a obrigação de ganhar, ainda que seja um clássico na casa do adversário.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Porto vs Málaga: visto à lupa (Pós Match)


      Jogo de grande nível competitivo com grande ambiente (um aplauso para os adeptos do Málaga) marcado com domínio completo do FC Porto (que registou neste jogo números de domínio do adversário mais elevados nesta edição da Champions) e, carimbado com um triunfo justo e justificado dos pupilos de Vítor Pereira.
A história do jogo é assim simples: O jogo só teve um sentido, tendo o Porto sido quem jogou melhor e mais vez para ganhar, um marcador com outro sentido seria contrário à corrente do jogo.

      Em relação à forma como o Porto encarou o jogo é de referir o sentido de coletivo, a entrega em campo e a excelente organização demonstrada em campo. No fundo o Porto colocou em prática o favoritismo teórico que lhe era apontado, tendo a equipa jogado de forma inteligente sem deixar o seu ADN de lado.

      Temos ainda de destacar os seguintes factos como explicação para o sucesso neste jogo europeu:
  • Comportamento responsável e pragmático da defesa portista (em especial a dupla de centrais, onde Mangala cresce de jogo para jogo), nomeadamente nas saídas de bola, na subida em campo e no posicionamento defensivo (embora ataque do Málaga também pouco ou nada tenha incomodado);
  • Optima preparação da partida e leitura do jogo do Málaga, em especial o caso da pressão alta exercida sobre a equipa adversária foi fundamental para o domínio revelado. Onde neste campo se destaca João Moutinho e Fernando (a corresponder aquilo que já tinha referido anteriormente), a pressão que o Málaga sentiu desde a sua saída de bola da defesa não permitia o aparecer das suas habituais armas (velocidade e eficácia no passe e defesa a partir do meio campo) – no fundo o meio-campo da equipa espanhola conseguia (a todo o custo) parar as jogadas portistas, porém esse esforço dispensado a defender perante a pressão exercida pelo FC Porto entravava a sua criação ofensiva;
  • Trabalho de “formiga” de J. Martinez – não teve bem (nem espaço) para decidir com a bola nos pés, mas nunca deu descanso à defesa contrária e baixou as linhas, recuado em campo permitindo abrir espaços na defesa do Málaga (que corria atrás do 9 portista);
  • Dentro da excelente interpretação que o Porto fez do adversário que tinha na sua frente se destaca a procura de jogar no último terço do terreno para tentar entrar na área adversária pelo jogo das alas – colocando em check a defesa normalmente rígida e compacta do Málaga (impedido ainda que os seus extremos se pudessem aventurar no ataque dada a preocupação defensiva que lhes era colocada);
      Já do lado do Málaga nada fez de verdadeiro no sentido de contrariar a corrente do jogo que se viva no Dragão, a estratégia colocada em prática pela equipa da Andaluzia não teve os resultados esperados. Entraram em campo com a ideia que o jogo se devia e ia decidir em Espanha, preocuparam-se assim mais em não cometer erros e, para isso em apoiar o jogo coletivo esperando depois por contra-ataque rápido (que nunca saiu dado o papel de Fernando apoiado por Moutinho, Danilo e mesmo por Mangala e Otamendi).

      É certo que o Málaga (na versão milagreira de Pellegrini – como é referido em Espanha) é constituído por uma mentalidade típica do futebol italiano (clássico), apimentado com um toque de talento espanhol (caso dos desequilíbrios de Isco e Joaquin – sustentados numa boa qualidade tática). Porém frente ao Porto (não por seu demérito, mas mais mérito do Porto) cometeu muitos erros (algo não habitual), no fundo não soube ser inteligente a abordar o jogo e não conseguiu em qualquer momento capitalizar oportunidades no ataque.

      Contudo é uma nota positiva para a prestação combativa de Antunes (um português a dar cartas em Espanha), apesar de por vezes ter sido “poupado” pelo árbitro. Algo que também não resultou foi o posicionamento de Júlio Baptista e de Santa Cruz, acabaram por se perder (o primeiro não recuava o necessário em campo para vir buscar a bola e o segundo nem se viu em campo – esta dupla aposta de Pelegrini para o ataque da sua equipa nada significou em campo, a sensação é que terá havido uma preocupação especial para atacar os lances áereos e bolas paradas (interpretados pelo conjunto espanhol como o ponto fraco dos dragões).

      Nota ainda para comentar o golo solitário de João Moutinho (a par de Alex Sandro e Fernando o melhor em campo), como sendo fruto de uma grande jogada de Alex Sandro acompanhada de uma brilhante finalização. Em relação a uma possível posição irregular de Moutinho, parece-me que é sem dúvida uma joga duvidosa - o fora-de-jogo só é determinado em absoluto (até aí as repetições com bola corrida não era conclusivas) com a imagem parada num ângulo que nenhum árbitro em campo tem visão para tal. Desta forma, é justificado o “deixar jogar” do árbitro na medida que em caso de dúvida deve-se decidir em nome do futebol – ou seja em nome de quem ataca. Por outro lado, o resultado para o exibido em campo peca por pouco, sendo talvez o único ponto positivo que o Málaga obteve do jogo (merito do trabalho (exclusivamente) defensivo dos seus jogadores, que não permitiram aos jogadores portistas acrescentarem ao seu domino o equivalente em ocasiões de golo).

Perspetivas para a 2ª parte da eliminatória (2ª mão)

      Vai ser um jogo muito mais complicado em relação ao que ocorreu no Dragão, o Málaga não vai querer sair da sua estreia na Champions sem mostrar o seu valor – vai ainda tentar responder às críticas da impressa espanhola que apontam a exibição do Málaga no dragão como a pior da época (possível sinal de falta de experiência).

      O Málaga junto do seu público deverá ser uma equipa muito mais batalhadora e agressiva na procura da bola, será assim normal que em relação ao jogo da 1ª mão as suas linhas estejam mais subidas e que exista uma aposta na velocidade do seu jogo (podendo o Porto tirar proveito disso).
Será assim um jogo de futebol de elevado nível, onde o Porto não poderá entrar em campo a pensar no que fez na 1ª mão, não devendo cometer erros e atacar com precisão em especial no último terço do campo e, parece-me que Fernando vai ser (ainda mais) uma peça determinante.

      No fundo terá de seguir o conselho do seu El Comandante: “Ser uma equipa inteligente”…

Por: João Serra (colaborador)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

FC Porto domina e Moutinho resolve!


      Quando o jogo é de campeões, eles mostram-se ao Mundo!

      Metade do trabalho está feito. Agora há que garantir os "quartos" em Espanha. E a jogar assim, ninguém duvida que o FC Porto vai estar nas 8 melhores equipas da europa. Grande jogo, grande Porto!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Porto vs Málaga: Visto à lupa (Antevisão)


     
      É já esta terça-feira que o FC Porto passado dois anos volta a jogar os oitavos de final da Champions e, logo contra a equipa sensação da prova. Em teoria o Porto pela sua experiência, historial e prestígio é o favorito, porém favoritismos à parte (pois no futebol o favoritismo nada vale, tem de ser provado em campo) espera-se um jogo equilibrado entre duas das equipas que registaram na fase de grupos as melhores performances.É assim importante não subestimar o adversário e ter em conta que tem equipa para criar problemas ao bicampeão nacional.

      A principal preocupação de Vítor Pereira será a de estacar o meio-campo do Málaga no apoio deste ao seu ataque e nas suas saídas para o ataque – Fernando e João Moutinho serão determinantes para tal tarefa.
Dentro desta lógica, parece-me que a equipa que conseguir apanhar as segundas bolas será aquela que vai conseguir tomar conta do jogo – tendo em conta o plantel do Porto e Málaga será fundamentalmente um duelo de meio-campo.

      Em relação aos pontos fortes do Málaga devem ser referidos os seguintes ater em conta:
  • Isco é o jogador revelação (é a figura do Málaga e uma das revelações na Europa deste início de época). É o motor da equipa na “criação do seu jogo”, mas também o seu melhor marcador – finaliza o que os colegas da frente não aproveitam – por outro lado leva muitas vezes a que o jogo se centralize em si, o que abre espaços para outros colegas.
  • A velocidade e liberdade de Joaquin, acaba por impedir que o jogo do Málaga não afunile apenas para o centro e se abra para as laterias. (Trabalho esse também realizado pelo lesionado Eliseu)
  • Grande eficácia do passe (exemplo da boa visão de jogo) de jogadores como Iturra e Portillo – importantes no seu trabalho duplo de defender/pressionar à frente da sua defesa e de permitir o contra-ataque rápido.
  •  Defensa sólida e consistente e organizada, preocupa-se em defender (deixando o ataque para os homens da frente), daí que os seus laterais só avançam no terreno de jogo sempre com muita moderação. A defensa do Málaga é responsável por manter a equipa organizada e equilibrada (porém nem sempre funciona bem a jogar sob pressão alta), é ainda de destacar as exibições positivas do seu guarda-redes nos últimos jogos.
  • Cuidado com as bolas paradas - de destacar Demichelis como a principal ameaça no jogo aéreo e o posicionamento matreiro de R. Santa Cruz e de Saviola.

      Do lado do Porto, os jogadores que muito provavelmente se vão destacar e que vão ter o papel mais predominante ao longo da partida serão como já foi referido Fernando e João Moutinho - o primeiro no seu habitual papel de “bombeiro” (de parar a transição ofensiva da equipa adversária e de fazer o primeiro passe para o ataque do Porto, vai ser um jogo para o Polvo agir com todos os seus tentáculos), em relação a João Moutinho vai ter de ir apoiar Fernando nas suas tarefas (nomeadamente nos cuidados a ter com Isco) e vai ainda ser fundamental em lançar ritmo do ataque azul e branco.
Já em relação ao papel de Lucho, parece-me que este terá uma função idêntica à que teve na Luz, de ser a primeira linha no apoio a Jackson e de pressionar a saída de bola do Málaga. O seu posicionamento será importante para alargar as linhas e posicionamentos do Porto ao longo de todo o campo – criando ideia de domínio do Porto nos espaços de forma a cortar a visão e leitura de jogo por parte do Málaga (neste papel de pressionar alto o Málaga em sair a jogar inclui-se todo o ataque do Porto – J. Martinez, James/Varela e Ismailov/Atsu).

      Mas perante o ataque dinâmico e desequilibrador (Saviola e R. Santa Cruz) do Málaga, os centrais do Porto não vão ter tarefa fácil, é bom não esquecer que o ano passado por esta altura frente ao M. City o resultado negativo que o Porto obteve deveu-se em muito a um trabalho a abaixo da expectativas da defesa azul e branca. Desta forma, Danilo e Alex Sandro devem ter cuidado defensivos reforçados, principalmente no caso de Alex Sandro que tanto gosta (e bem) apoiar o ataque no sprint (basta ver o jogo e o golo do Olhanense), nota ainda para afirmar que Mangala deve calcular as suas saídas (que tanto gosta de fazer) a jogar com bola no pé.
Fica a dúvida se Defour não poderá ser lançado no jogo, poderá ser uma arma secreta para confundir o estilo e organização de jogo que o Málaga espera encontrar (…)

      Conclusão: Vamos defrontar um adversário que jogam bom futebol e de grande qualidade, basta ver a consistência que revela do ponto de vista defensivo e a forma forte de atacar – não é por acaso que se apurou na Champions num grupo muito competitivo e os números que regista está época em Espanha ao nível do Barcelona, Real Madrid ou do Atlético de Madrid. A nação azul e branca deve ter assim bastante confiança nas suas capacidades e a ideia que não temos nada a perder (sem nunca cair no jogo de menosprezar o adversário).

      Sendo o importante numa eliminatória a duas mãos é tentar marcar, pelo menos, um golo em casa e não sofrer golos, temos assim de jogar como sempre temos feito esta época na Champions: defender bem, tentar marcar um golo e conseguir um bom resultado para a viagem a Espanha. Sem esquecer que o desfecho das eliminatórias na Champions depende sempre de vários factores, mas a vantagem de não sofrer golos prevalece sempre e é no futebol meio caminho para a vitória – ainda mais em jogos a duas mãos.

Por: João Serra (colaborador)

domingo, 17 de fevereiro de 2013

(Quase) tudo a postos para a Champions


     Depois da vitória em Aveiro, a grande noticia desta semana é, sem dúvida, o regresso de James Rodriguez à equipa do FC Porto e também ao grandes jogos europeus. 

      E já não restam dúvidas que El Bandido vai voltar à titularidade e logo no grande palco da Champions, isto depois de mais de um mês de paragem devido a lesão. É, aliás, o regresso à normalidade no Dragão depois de tempos conturbados em que Vitor Pereira se viu quase sem banco e sem soluções alternativas a um onze titular. Agora, apenas Defour está ainda a contas com uma lesão, mas perto do regresso à lista de soluções de Vítor Pereira. Terça-feira voltam as emoções da Champions ao Dragão. E com um Porto (quase) na máxima força, esperamos vencer e depois conseguir um resultado em Espanha que nos coloque nos "quartos" e depois, Wembley é o limite...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Voltar à Terra


      Depois da fantástica exibição em Guimarães, a onda de entusiasmo e de confiança entre nós portistas tinha atingido o seu auge esta época. E com alguma razão. Só que no futebol, são onze contra onze, e o jogo deste fim-de-semana com o Olhanense fez o Dragão regressar a Terra e perceber que estes jogos são tão ou mais importantes do que os jogos com os chamados grandes. E este empate só não teve piores consequências porque o nosso rival direto, também não fez melhor na Madeira. Do mal o menos...

      Também não quero com isto dizer que a equipa não trabalhou o suficiente e não deu tudo para chegar á vitória no jogo. Mas no seio da equipa, todos pensavam à partida que com maior ou menor dificuldade, os três pontos eram uma certeza no fim do jogo. Não contaram foi com uma noite de grande inspiração do nosso Bracalli e de menos inspiração do nosso Jackson, que falhou o que não costuma falhar. Acontece aos melhores, mas há jogos assim...

      Outro dado não menos preocupante é o nosso banco de suplentes. É que em condições normais, com James, Defour e Atsu disponiveis, o banco compõe-se. Mas desde há alguns jogos (jogos demais, digo eu) a esta parte, que o nosso banco é confrangedor. E sinal disso mesmo são as substituições que Vitor Pereira fez para tentar ganhar o jogo: Sebá, Tozé(?) e um Liedson que não se percebe  se é ainda capaz de resolver alguma coisa. E estranha-se, por exemplo, que face ao déficit de soluções, o Kelvin tenha jogado na equipa B e que depois se ponha a jogar um Sebá e um Tozé em estreia absoluta... 

      Com Atsu de regresso, James muito perto do regresso e Defour quase recuperado, esperamos que o Porto volte ao que já foi esta época e que se restabeleça a normalidade no Dragão.É que a partir de agora também há Champions e todos os pontos perdidos no campeonato, são um passo de gigante atrás, para a conquista do TRI. Rapazes, agora é (ainda mais) a sério! Força Porto!