A estrela que mais brilhou
No final do jogo de ontem, Moutinho era o rosto mais visível da desilusão portista. "Fizemos tudo para continuar na Champions, tínhamos equipa para isso", salientou Moutinho, admitindo uma "grande frustração e desilusão" pelo empate com a equipa russa que atira os dragões para a Liga Europa .
Contudo ontem o incrível vestiu a camisola 8 e não a 12. É que Moutinho fez um jogo e pêras. Foi o verdadeiro homem do leme. Pegou no jogo, destribuiu-o com a sua inteligência, fez passes verdadeiramente de morte, como ao minuto 6' para Djalma falhar na cara do guarda-redes, fez inúmeras recuperações de bola e ontem carregou a equipa às costas... enfim, fez aquilo a que se chama uma grande jogatana. E por isso se percebe e compreende ainda mais a sua frustação no final do jogo. É que todo o seu jogo e empenho infelizmente, não serviram de nada. Ainda assim Moutinho merece um destaque especial.
Já aqui tinhamos dito que normalmente é quando se espera mais Hulk que o brasileiro mais desilude. É que, na verdade, nunca sabemos bem à partida para um jogo decisivo se Hulk vai render o que se espera dele e sobretudo se vai ser uma mais valia, ou então se mais valia estar no banco de suplentes. É que quando o Incrível decide complicar não há ninguém que o pare. E foi precisamente este o caso ontem. Quando Hulk tinha a quem passar a bola, raramente o fazia e quando o fez, falhou mais do que devia. O camisola 12 preferia apostar num excesso de individualismo, que acabava quase sempre com o mesmo resultado: perder a bola. Foi mais uma vez um problema e não uma solução...
O F.C. Porto deixou assim escapar 3,4 milhões de euros num jogo apenas. O nulo com o Zenit, para além da frustração que representa desportivamente, traz por arrasto um rombo também financeiro: o clube deixa imediatamente de encaixar três milhões do apuramento para os oitavos-de-final e perde 400 mil euros da vitória.
Não há milagres...
E depois ainda há Vitor Pereira que num jogo em que era preciso ganhar, começa sem um ponta-de-lança de raiz e acaba com um central a jogar a ponta de lança... pelo meio houve um Hulk desinspirado e apesar do domínio completo do jogo faltou o mais imporante: os golos. Ou neste caso o golo, porque um só golo chegava para garantir o 1º lugar do grupo, uma vez que o Zenit dos três remates que fez, nenhum tomou a direção da baliza... E quando Vitor Pereira acordou para a vida já era tarde.
É certo que o treinador fez tudo o que podia para ganhar o jogo, face às opções que tinha à disposição, mas esta insistência de jogar de início sem um ponta de lança, foi, a meu ver, fatal. E o adiantamento de Rolando para o ataque aquando da saída de Otamendi para a entrada de Belluschi nos últimos instantes do jogo, foi só mais um atestado de incompetência que Vitor Pereira passou a si mesmo, ao não inscrever Walter na competição. Mas enfim, o que se pode fazer? É o que temos...
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