… Trancas à porta. O cenário na Champions está como o tempo hoje, ou seja, negro. E no campeonato a estória só não se repete porque, apesar de estarmos a jogar mal, lá vamos vencendo…
Para quem acredita em milagres ainda pode sonhar com um apuramento para os oitavos-de-final da competição milionária, para quem é mais realista percebe que a luta neste momento faz-se pela Liga Europa com um Shakhtar Donetsk que vai querer ganhar o próximo jogo em sua casa e para os mais pessimistas… bem, nem queremos pensar nisso. Mas se calhar o melhor mesmo é começarmos a mentalizar-nos para todos os cenários possíveis, porque já todos percebemos que esta equipa técnica, liderada por Vítor Pereira, não mostra capacidades para fazer melhor do que esta triste figura que está a fazer.
E pensarmos nós que deixámos sair do nosso clube um treinador com Pedro Emanuel para a Académica de Coimbra… está bem que saiu antes de Abramović perder a cabeça e pagar a Cláusula de Rescisão milionária de Villas-Boas... mas também não é por isso que o Pedro ainda está em Coimbra…
Pode dizer-se que agora é fácil criticar o treinador, e que este é o elo mais fraco neste momento, mas convenhamos… quando o Porto defronta uma equipa onde o grau de exigência é um pouco maior, o futebol praticado pela equipa é um futebol pobre e sem ideias que vive da inspiração individual de um ou outro jogador. Não se vêem ideias novas, não se vê o dedo do treinador em nada e parece que a equipa está entregue à sua própria sorte.
Quando vencemos está tudo bem, quando o resultado é negativo, é porque as coisas não correram bem mas na próxima vão correr melhor porque a equipa deu tudo. Onde é que isto vai acabar? Acho que já todos sabemos a resposta. Mais do que onde, o mais importante é perceber quando é que isto vai acabar…
Vítor Pereira não se vai demitir e Pinto da Costa também não o vai despedir. Será preciso estarmos fora das competições europeias e sem hipóteses de conquistarmos o campeonato para alguma coisa ser feita no reino do dragão? Espero que não seja preciso chegar a tanto… é que, neste momento, o pior cego é mesmo aquele que não quer ver…
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